quinta-feira, agosto 03, 2006

Festival Aéreo de St. Cruz 2006




29-30 de Julho 2006 - Festival Aéreo em Sta Cruz, no âmbito das comemorações do 75º Aniversário do Aerodromo e do 60º Aniversário do ACTV - www.actv.pt

Súmula Histórica do Aeroclube Torres Vedras

O Aeroclube de Torres Vedras foi fundado no pós-guerra, em 1946, por entusiastas da aviação desportiva, civis e militares, que já em 1931 haviam inaugurado uma pequena pista na Praia de Santa Cruz.
Com um avião bilugar Piper Cub J3 que entretanto adquirido, dinamizou-se a formação de pilotos e a divulgação da actividade aeronáutica. Mais tarde iniciou-se a actividade do Voo Sem Motor (planadores).
Viu reconhecida a sua condição de Instituição de Utilidade Pública em 1956, pela acção desenvolvida.
Em 1960 foi ampliada a sua pista e construído um hangar no local do barraco primitivo. Usando as novas instalações e as da Sede, na altura em Torres Vedras, foi incrementada a prática de aeromodelismo, actividade com que se capta decididamente o interesse das camadas mais jovens das escolas da região.
Na década de 70 promoveu-se afincadamente a instrução de pilotagem, de aviões e planadores, iniciando-se em 1971, com a celebração das Bodas de Prata, um processo de reestruturação e de harmonização da frota através da aquisição de vários aviões da linha Cessna (O ACTV tornou-se o 1º Cessna Flying Center em Portugal).Realizaram-se sucessivas jornadas aeronáuticas de Norte a Sul do País, revelando invulgar interesse e participação das populações locais. Nesta década voaram-se cerca de 17.000 horas e efectuaram-se 50.000 aterragens. Foi construído um segundo hangar e a placa de estacionamento foi modernizada.
Na primeira metade da década de 80, por fora de dificuldades conjunturais conhecidas - segundo choque petrolífero, valorização da moeda de compra de todos os sobressalentes e redução a zero de todos os pequenos apoios oficiais actividade - houve que traçar novos rumos. Deram-se então os primeiros passos no domínio do ultraligeiro e da asa-delta.
O ACTV foi pioneiro na execução de missões de carácter cívico na detecção de incêndios nas florestas, em sucessivas campanhas estivais, missões estas que facultando aos seus pilotos a prática de voo, possibilitaram a manutenção das suas licenças de pilotos com custos mais reduzidos.
Desde 1983, voaram-se mais de 9000 horas nestas missões, tendo sido comunicados anualmente centenas de incêndios a uma rede de comunicações que inclui bombeiros, serviço de protecção civil e empresas ligadas à exploração florestal.Todas essas horas contribuem hoje para o enriquecimento do curriculum de dezenas de pilotos, tendo sido determinante para alguns na sua entrada numa carreira profissional.
No final da década de 80 registaram-se de novo apoios pela Direcção Geral de Aviação Civil a projectos de investimentos levados a cabo pelos Aeroclubes, o que tem possibilitado uma melhoria nos equipamentos desde 1988. Também no final da década de 80 houve uma grande procura de pilotos na indústria do transporte aéreo. Esta pressão do mercado, a par dos apoios já referidos, levou a um aumento de interesse na prática e obtenção de licenças aeronáuticas, o que permitiu voar desde 1987 quase 10.000 horas.É nesta fase de grande incremento e de reestruturação interna que se encontra o ACTV de hoje com grande número de sócios pilotos (cerca de 200) e com uma frota em número e qualidade que permite dar apoio formação e progresso de carreira a inúmeros associados.Em mais de 50 anos de existência, o Aeroclube de Torres Vedras pode orgulhar-se de ter contribuído para o desenvolvimento da Aeronáutica e continuar a desenvolver uma acção meritória em formação e treino de pilotos que lhe tem granjeado enorme reconhecimento juntos das entidades ligadas Aeronáutica.

Texto gentilmente cedido pelo site do Aeroclube de Torres Vedras www.actv.pt/html_historia_ACTV.asp